Síndrome do piriforme

3. SÍNDROME DO PIRIFORME
A síndrome do piriforme é uma irritação do nervo ciático quando ele passa abaixo ou entre as fibras do músculo piriforme. Na maioria dos casos, o nervo ciático passa abaixo do músculo piriforme, mas em 15% da população o nervo passa pelo meio separando o músculo em duas partes.

A síndrome do piriforme ocorre mais freqüentemente em homens do que em mulheres, numa proporção de 6:1 e pode causar dor crônica. Pode também ocorrer como conseqüência de compressão do nervo ciático pela tensão do músculo piriforme.

Obs.: a dor ciática verdadeira, ou seja, o surto, inicia-se na coluna lombar e segue o trajeto do ciático, diferentemente da síndrome do piriforme.

a) Achados Clínicos:
O paciente com síndrome do piriforme se queixa de dor profunda e localizada na superfície posterior do quadril, perto da incisura ciática. Também pode haver dormência e formigamento em direção à perna, e uma lombalgia indicando o comprometimento do ciático. Um exame completo na região lombar e sacro-ilíaca afastam estes locais como causa da dor. Entretanto, deve-se ficar alerta para o fato de que o desequilíbrio pélvico pode ser responsável por um desequilíbrio entre os rotadores internos e externos.

Os achados mais significativos na determinação do acometimento do piriforme é a presença de dor tanto na rotação externa resistida quanto no estiramento passivo dos rotadores internos. Os rotadores externos profundos podem ser palpados com o paciente em decúbito prono em posição de rã. Assim percebe-se uma tensão e dor, conseqüentemente à palpação.

b) Tratamento:
Caso o nervo ciático esteja muito irritado ou inflamado, o tratamento inicial pode ser calor superficial, tens, iontoforese, laser, repouso e analgésico. Um leve estiramento pode ser realizado posteriormente em posição de decúbito lateral ou em posição sentada. Os exercícios de contrair-relaxar realizados em decúbito ventral também são efetivos no relaxamento do músculo piriforme (Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva). Os estiramentos realizados pelo próprio paciente também são de grande importância ao tratamento. A massagem em fricção transversa profunda também é efetiva no tratamento da tensão do músculo piriforme.


Resumo: Síndrome do piriforme é a irritação do nervo isquiático, quando ele passa abaixo ou entre as fibras do mïsuculo piriforme. Uma das causas que levam à síndrome é a variação anatômica entre esse nervo e músculo. Dor isquiática é dor que ocorre no trajeto do nervo isquiático. A causa mais comum no indivíduo adulto é compressão de uma das 5 raízes dele, por hérnia de disco intervertebral na região da coluna lombar. O objetivo deste estudo de revisão bibliográfica é analisar a relação anatômica do nervo isquiático com o músculo piriforme e comparar as sintomatologia entre síndrome do piriforme e dor isquiática, durante avaliação fisioterapêutica. Materiais e método: Levantamento bibliográfico, por meio de livros, artigos científicos e banco de dados especializados para a aquisição destes periódicos e sites de internet. Resultados: A variação anatômica mais comum é o nervo fibular comum perfurar o músculo piriforme e o nervo tibial passar inferiormente ao músculo piriforme. Os sintomas da síndrome do piriforme são dor profunda no quadril e nádega, irradiada para o membro inferior afetado, acentuando-se ao deitar -se. Os sintomas da dor isquiática são dor superficial e localizada na região lombar e/ou na nádega, irradiada para o membro inferior afetado, com distribuição do dermátomo. Essa dor melhora quando o indivíduo permanece deitado. Considerações finais: Variações anatômicas do nervo isquiático com o músculo piriforme contribuem para síndrome do piriforme. O teste de AIF (adução, rotação interna e flexão do quadril) será positivo para a síndrome do piriforme, durante a avaliação fisioterapêuticas.

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