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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Doença de Pott

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O mal de Pott (ou doença de Pott ou tuberculose vertebral) é uma forma de apresentação de tuberculose extrapulmonar, onde a coluna vertebral é afetada. A doença foi descrita em 1799, por Percivall Pott (1714-1788), um cirurgião londrino. Atinge mais comumente as vértebras T8 à L3. A doença começa no corpo vertebral anterior. O disco adjacente é envolvido, levando a um estreitamento do espaço entre os discos e herniação. Eventualmente a vértebra colapsa e porção anterior leva a uma cifose e/ou escoliose. As estruturas vertebrais posteriores (pedículos, espinha) são raramente envolvidos. Abscessos são formados adjacentes à coluna vertebral, e calcificação é patognomônico de tuberculose. Sinais e sintomas Dorsalgia Febre Suor noturno Anorexia Perda de peso Dormência, formigamento e fraqueza muscular em membros inferiores. Diagnóstico Exame de sangue Radiografia da coluna vertebral Tomografia computadorizada da coluna vertebral Biópsia óssea Ressonância magnética Complic

Acetábulo

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O quadril, ou articulação coxo-femoral é formado pelo osso da bacia (pelve) e o fêmur (o mais longo osso do corpo). Assemelha-se a uma esfera dentro de uma taça invertida. A esfera é a parte de cima do fêmur, ou cabeça do fêmur, e a taça é o acetábulo (de acetabulum – do latim). Entre os dois ossos existe uma camada de cartilagem que possibilita o deslizamento com mínimo atrito e a lubrificação entre estas superfícies, além de espessos ligamentos, que mantém a articulação firmemente unida.  Na borda do acetábulo existe uma estrutura de cartilagem fibrosa parecida com um lábio (no latim: labrum).  Esta estrutura tem funções importantíssimas na manutenção do selo articular de lubrificação, na distribuição homogênea de carga na cartilagem e tem sido muito estudada nos últimos anos. Será abordada em detalhes nos links sobre artroscopia e impacto. Estas estruturas estão envoltas por poderosos músculos, chamados de músculos anti-gravitacionais, que permitem que adotemos a postura bípede.

Cartilagem

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A cartilagem é uma forma de tecido conectivo em que as células e fibras estão embebidas em uma matriz semelhante a um gel, responsável por sua firmeza e elasticidade. Exceto nas superfícies expostas das articulações, é recoberta por uma membrana fibrosa denominada pericôndrio. Existem três tipos de cartilagens: hialina, fibrosa e elástica. A cartilagem hialina apresenta uma alta proporção de matriz amorfa e possui o mesmo índice de refração das fibras nela mergulhadas. Durante toda a infância e adolescência, desempenha papel importante no crescimento em comprimento dos ossos longos (as cartilagens epifisárias; são compostas de cartilagem hialina). Apresenta maior resistência ao desgaste e recobre as superfícies articulares e de todas as articulações sinoviais. É incapaz de ser reparada quando fraturada; o defeito é preenchido com tecido fibroso. A cartilagem fibrosa (ou fibrocartilagem) apresenta grande número de fibras colágenas imersas numa pequena quantidade de matriz. É encontrada

Doença de Scheuermann

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INTRODUÇÃO A doença de Scheuermann representa uma das causa mais comuns de cifose estrutural, mais frequentemente diagnosticada durante a puberdade. A etiologia e a patogênese dessa condição estão provavelmente relacionadas a fatores biomecânicos, mas sua causa permanece desconhecida. Aumento nos níveis de hormônio do crescimento tem sido documentado, de modo que os pacientes portadores dessa deformidade são mais altos do que a média para sua idade. Fatores genéticos ou ainda necrose avascular do anel apofisário vertebral são condições definidas por outros pesquisadores, mas também sem unanimidade.   BALANÇO DA COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral apresenta uma estrutura global de modo a manter o tronco balanceado tanto no plano coronal quanto no sagital. No plano coronal, o balanceamento normal exige que uma linha vertical traçada do centro do processo odontoide (C2) intercepte exatamente o ponto médio do promotório (S1). Já no plano sagital, uma linha vertical traçada do centro do

Nódulo de Schmorl - Hérnia de Schmorl:

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Os Nódulos de Schmorl são protusões do material do disco vertebral para dentro da superficie do corpo da vértebra. Tais saliências são também associadas à necrose do osso vertebral.   Os nódulos de Schmorl podem ou não ser sintomáticos, ou seja em alguns indivíduos pode ser causa de dor.  Entretanto estudos indicam que alguns individuos com os nódulos de Schmorl pode passar a vida inteira sem dor e os nódulos serem sescobertos apenas no estudo anatomopatológico i.e., estudos de necrópsia.  Ou seja, podem ter algum significado etiológico de dor nas costas , mas é uma questão controversa.  Schmorl é uma deformação significativa, e pode ser encontrada em pacientes com histórico de problemas ao longo da vida de volta.  Os nódulos de Schmorl podem ocorrer em várias vértebras e foram encontrados em pacientes com, dor crônica, radiculopatia, artrite, aracnoidite, estenose, desportiva ou outra lesão ou deficiência. Mas como dito anteriormente, não necessariamente podem ser imputados com

Epifisiólise femoral proximal

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Classificação clínica Epifisiólise aguda - A criança apresenta-se com quadro radiológico positivo. A instalação é súbita, geralmente associada a episódio de queda ou trauma e há dor importante no quadril, cuja sintomatologia tem menos de três semanas de duração. Epifisiólise crônica - A criança apresenta-se com quadro radiológico positivo, inclusive já exibindo certo grau de remodelação do colo femoral. Os sintomas têm mais de três semanas de duração, são moderados e usualmente associados a claudicação. 'Epifisiólise crônica agudizada - A criança apresenta-se com quadro radiológico positivo, inclusive mostrando mudanças no colo femoral que sugerem cronicidade. Os sintomas de dor moderada e claudicação têm duração maior que três semanas, contudo há um episódio agudo (trauma) de duração inferior que agrava sensivelmente os sintomas. Pré-epifisiólise - Radiologicamente há mudanças na fise e na metáfise (alargamento da fise, osteoporose, cistos metafisários, etc) contudo não há esc

Necrose óssea

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O exame radiológico revela da destruição da cabeça do osso úmero. Esse exame é característico da osteonecrose, ou seja, necrose avascular do osso. A morte das células ósseas resulta de interferência no fluxo sangüíneo arterial ou venoso. A osteonecrose pode ser resultante de várias causas como: traumatísmo ou embolia gasosa (doença da descompressão), radioterapia e anemia falciforme, mas a terapia com glicocorticóides e alcoolísmo são as causas mais freqüentes. O quadril (cabeça do fêmur), joelho (côndilos femorais) e ombro (cabeça do úmero), como no nosso caso, são os locais mais freqüentemente acometidos. A sintomatologia principal é de dor, de intensidade variável, relacionada ao grau de lesão óssea. Os exames radiológicos podem ser normais no começo, mas a compressão do osso trabecular morto posteriormente leva a um contorno achatado e fragmentação da cartilagem articular, provocando osteoartrite secundária. A ressonância nuclear magnética é o exame indicado nas fase iniciais

Sacroilites

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Sacroiliíte é o processo inflamatório não-infeccioso das articulações sacroilíacas, sendo critério diagnóstico das espondiloartropatias soronegativas. O diagnóstico desta enfermidade requer confirmação pelos métodos de imagem. As articulações sacroilíacas são, freqüentemente, sede de dor lombar ou lombociatalgia, vista comumente na prática clínica diária, sendo o processo inflamatório não-infeccioso — a sacroiliíte — a causa mais comum de doença nesta topografia. As espondiloartropatias soronegativas são subdivididas e diferenciadas basicamente pelo seus aspectos clínicos, sendo classificadas em cinco entidades distintas: espondilite anquilosante, artrite reativa, artrite psoriásica, artrite relacionada a doença intestinal inflamatória crônica e espondiloartropatia indiferenciada. O envolvimento inflamatório das articulações sacroilíacas é um critério diagnóstico destas entidades. As espondiloartropatias ocorrem mais comumente em pacientes jovens, sendo de suma importância o diagn

GBM- Glioblastoma

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Glioblastoma Multiforme, ou GBM, é a forma de tumor maligno mais comum no cérebro. Na maioria dos casos, é letal. O Glioblastoma não possui etiologia conhecida e surge no próprio cérebro, mais especificamente dos astrócitos, que são células responsáveis por algumas funções desta área nobre do ser humano. Quando um tumor tem sua origem definida pelos astrócitos, dizemos que é um astrocitoma. Um glioblastoma é um astrocitoma de grau avançado (grau IV), ou seja, muito agressivo. Não existe cura para este tipo de tumor, porém terapias alternativas em conjunto com o tratamento padrão (cirurgia + quimioterapia + radioterapia) podem aumentar a sobrevida do paciente. O grande problema deste tipo de tumor é o seu rápido crescimento, e mesmo após a cirurgia, um novo aumento é esperado. Mesmo que a operação remova 99,99% do tecido neoplásico, o restante é capaz de se multiplicar e dependendo do caso, volta ao tamanho inicial em até 30 dias. É praticamente impossível efetuar a remoção com

Arnold-Chiar1

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O Chiari é uma mal formação do crânio que acontece na altura da junção entre o pescoço e a cabeça. Ocorre quando uma parte do encéfalo chamada de cerebelo, entra no canal vertebral . Esta deformidade está relacionada a um problema na circulação do líquido céfalo-raquidiano (líquor). Este líquido envolve todo o sistema nervoso central, no crânio e no canal vertebral e, quando há um distúrbio da sua circulação, pode ocasionar uma série de sinais e sintomas. A síndrome pode aparecer também em pessoas que não apresentem qualquer deformidade, como resultado de outras doenças, no entanto, a forma mais comum é a congênita e acomete principalmente as mulheres. Os sintomas costumam aparecer na fase adulta entre a terceira e quarta décadas de vida e os mais comuns são: dor cervical, dor de cabeça intensa, fraqueza muscular, dormência ou alteração da sensibilidade nos membros e dificuldade de equilíbrio. Outros sintomas que podem surgir são: vertigem, distúrbios visuais, zumbidos, dificuldade p